Sem dúvida, um dos serviços mais solicitados para os eletricistas é a instalação de padrão de alimentação nas residências. Também chamado de Padrão de Luz, ele é o ponto responsável por receber a eletricidade da rua e leva-la para dentro da sua casa.
Mesmo após algumas instalações feitas, é possível que surjam algumas dúvidas sobre a instalação de padrões pela agência CEMIG. Como existem ainda diversas formas de instalação onde pode ser usado de 2 a 4 fios de alimentação, alguns tipos de instalação de padrão CEMIG podem ter algumas peculiaridades que vamos explorar nesse artigo.
Para uma correta instalação de padrão pelas diretrizes da CEMIG, é importante sempre respeitar as normas 5.1 e ND 5.2, que normalizam e padronizam as instalações de padrão por todos os profissionais elétricos. Se a sua região é atendida por outro órgão regulamentador de força e luz, é importante se atentar as normas especificar solicitadas por ela.
Em toda instalação, é preciso verificar sempre antes as informações repassadas pela concessionária de sua região.
O padrão de entrada
Antes de começarmos a instalação, é preciso analisar alguns pontos importantes, para que a instalação ocorra tudo conforme o esperado. Algumas informações, como conhecer o nível de tensão, qual o dimensionamento do disjuntor e também a potência que irá trafegar pela rede são informações básicas para uma correta instalação.
O padrão de entrada é sempre o principal ponto de entrada de energia elétrica nas residências de todo o país, e sua estrutura básica é formada por um wattímetro, que é o principal aparelho do padrão, além do disjuntor e da estrutura, que protege todos os componentes elétricos da chuva, do sol e também de qualquer tipo de violação. Essa estrutura de proteção pode ser ainda de ferro, alumínio ou acrílico.
A sua estrutura física possuí as alocações soldadas para cada parte elétrica. O wattímetro, que é o principal componente de um padrão de alimentação, realiza a medição de todo o consumo da residência, através de um sistema de coleta digital, e a registra em KWh, através de um visor transparente, para facilitar a leitura. E ainda, os novos modelos contam com eletrodutos e também com hastes de aterramento, outro importante item de segurança.
Como um componente de segurança, o disjunto possuí a função de desativar a alimentação de energia elétrica da residência, que pode ser usado para qualquer tipo de emergência. Segundo a norma ND 5.1 da empresa de distribuição elétrica CEMIG, é possível conhecer todas as partes de um padrão de instalação nos pormenores.
Essa estrutura é utilizada por todas as concessionárias de energia elétrica do Brasil, e da CEMIG não é diferente. Esse padrão indicado pela PRODIST da ANEEL (Procedimentos de Distribuição de Energia Elétrica no Sistema Elétrico Nacional), faz com que todas as regiões do Brasil possam receber eletricidade de um sistema em comum.
O dimensionamento correto de um padrão de entrada
O dimensionamento correto do padrão de entrada deve ser feito em todas as instalações, e deve ser respeitadas as características de sua região.
Mesmo em residências comuns, é preciso o conhecimento da potência a ser utilizada em cada aparelho doméstico. Cada vez mais, os projetos residências contam com um levantamento descrito num projeto elétrico, o que pode servir como base para uma instalação de padrão de eletricidade correto.
Mas sem esse levantamento, também é possível realizar uma instalação de forma tranquila. Geralmente, as instalações residências não possuem demandas elétricas que fogem da normalidade, e quando alguma especificação mais complicada é solicitada, um projeto elétrico sempre acompanha o projeto de construção do imóvel. Nessa análise, as residências receberá como padrão 127 Volts ou 220 Volts.
Para uma instalação seguindo a norma ND-5.1 (Norma de Distribuição) da empresa CEMIG, presente em toda Minas Gerais, é importante se atentar a Tabela de Cargas. Nesse modelo abaixo, foi utilizado como referência uma instalação monofásicas de 127 Volts. Importante citar que esses valores de referência representam o padrão dos aparelhos encontrados no mercado, assim, podem existir modelos de aparelhos que não seguem esses números.
Ao conversar com os futuros moradores da residência, é preciso solicitar informações a respeito dos aparelhos que mais demandam energia. Entre eles, destacamos sempre o chuveiro elétrico, piscina, e também de possíveis instalações com controle de gasto a parte, como uma edícula ou uma área de lazer fora da residência. Ao conhecer essas informações, vamos levantar a carga demandada pela residência e conhecer que tipo de padrão será necessário.
Realizando uma análise simples da demanda de cada aparelho elétrico da residência, agora é preciso realizar uma conta simples, convertendo as demandas de Watts (W) para Kw (Quilowatt). Nessa operação, basta somar as demandas de energia de cada aparelho e realizar uma divisão por mil, para chegar a um valor total de potência da residência.
Com esse número conhecido, é necessário agora consultar as tabelas vigentes da concessionária responsável pela distribuição de energia para saber quais padrões instalar. Ao consultar essa tabela, informações como qual deve ser a corrente elétrica do disjuntor de segurança a ser utilizado e qual o tipo de fornecimento de energia adotado na região, por exemplo.
A tabela 1 (dimensionamento para unidades consumidoras urbanas ou rurais atendidas por redes de distribuição secundárias trifásicas (127/220v) utilizada pela empresa CEMIG, através do endereço eletrônico http://www.cemig.com.br/pt-br/atendimento/Documents/ND_5_1_MAIO_2013.pdf
Respeitando a norma ND-5.1 da empresa de distribuição de energia CEMIG, é preciso notar que para uma instalação residencial 127 Volts, é preciso não ultrapassar o limite de 10Kw, sendo essa uma fase monofásica.
Para instalações que necessitam de uma carga total acima de 10Kw e abaixo de 15Kw, é indicado pela empresa CEMIG uma instalação bifásica de 220 Volts, e para instalações que demandam uma rede de tráfego maior, é indicada pela concessionaria uma rede trifásica de 220 Volts, que suporta uma demanda de até 75 Kw.
É importante citar que para cada tipo de instalação – Monofásico ou Trifásico – é cobrado um valor diferente pela empresa distribuidora de energia. Para conseguir uma melhor alternativa a sua real necessidade, só instale as opções 220 Volts se realmente existir a necessidade, principalmente no que diz respeito a opção trifásica de 220 volts.
Nessa fase de análise, é de responsabilidade do instalador tirar as dúvidas dos clientes, inclusive para sanar as perguntas que podem surgir, sobre como qual tipo de instalação é mais econômica e também qual a mais segura. Ao responder de forma sincera e com conhecimento prévio, um profissional de instalação pode assim se destacar na sua área.
Na maioria das residências, a melhor opção será uma instalação bifásica. Com essa instalação padrão, um circuito pode ser facilmente equilibrado em todos os pontos da residência. E ao utilizar uma instalação bifásica, é possível a utilização de mais de um chuveiro de forma simultânea.
Porém, esse tipo de instalação pode ter alguns pontos negativos na sua instalação. Como é preciso levar as duas fases do poste até o centro de distribuição da residência, o dobro de fios será utilizado, e geralmente é cobrado pelas concessionárias um valor maior na sua instalação.
A norma ND 5.1 também especifica como a parte física da residência deve ser organizada para a correta instalação. No momento da instalação, é importante que o muro já esteja pronto. Essa exigência faz com que todas as instalações tenha uma segurança mínima para a residência.
Esse modelo descrito na figura é o mais utilizado, que se aproveita da já pronta estrutura da residência construída. É importante se atentar que para a correta instalação desse modelo, é exigido da residência, no momento da instalação a altura de 3500 mm do poste de entrada, caso contrário, a residência não é aprovada para a instalação pelo corpo técnico da CEMIG.
Uma outra questão de igual importância é a instalação correta da haste de aterramento, um importante sistema de segurança para todos os aparelhos elétricos que farão parte da rede da residência. Essa instalação faz parte dos requisitos de segurança nacional, regulamentada pela NBR 5410, que solicita a instalação de um eletrodo de aterramento por fase do circuito.
A instalação elétrica correta de ambos os modelos de padrão de alimentação devem sempre respeita as indicações apontadas ND 5.1. É preciso alocar o ponto, formado pelo poste, que deve ter um furo padrão de 13 milímetros de diâmetro localizado a 1,5 metros da base aterrada.
Após o aterramento do poste padrão, é preciso ligar o poste até o ponto de ligação da empresa CEMIG mais próximo da residência. Nesse ponto, é importante se atentar as cores utilizadas, que conforme os requisitos da empresa responsável pela distribuidora, devem ser dois cabos pretos e apenas um da cor azul.
Os fios que passam as fases, cabos na cor preta, obrigatoriamente percorrem o disjuntor de entrada, e o outro cabo utilizado, o cabo azul, segue direto e é usado na conexão do mesmo com o cabo ligado à haste de aterramento e o cabo terra Verde, sendo esse o neutro da instalação. Em
É importante deixar as pontas em fácil acesso, que será utilizada pelo técnico da empresa responsável pela instalação, que será previamente agendada no momento da sua solicitação.
Como forma de proteção, toda instalação deve conter um fio da cor verde ou verde e amarelo, que liga o aterramento a caixa de padrão de alimentação elétrica. Esse condutor deve, obrigatoriamente segundo as normas da empresa CEMIG, ser de cobre, não pode ser revestido por nenhum tipo de isolação e deve estar em contato até com o final da haste de aterramento.
Com essas dicas e instruções citadas acima, será muito simples conseguir a aprovação do padrão pelo técnico da concessionaria CEMIG.